O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, ante o trimestre anterior. O resultado, divulgado na manhã desta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), surpreendeu positivamente o mercado financeiro, que aguardava uma taxa em torno de 0,3% ou 0,4%.
O número anunciado pelo IBGE, entretanto, representa uma desaceleração em relação ao crescimento registrado nos três primeiros meses do ano, quando o resultado foi puxado por um desempenho do agronegócio acima do esperado. Este foi o oitavo resultado positivo consecutivo do indicador nessa comparação. O resultado, porém, é menor do que o registrado no primeiro trimestre (dado revisado de 1,9% para 1,8%).
De acordo com o IBGE, em relação ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,4%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2023, o PIB cresceu 3,2%, ante os quatro trimestres imediatamente anteriores. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2023 totalizou R$ 2,651 trilhões.
O resultado divulgado nesta sexta mostra que o resultado do segundo trimestre foi puxado principalmente pelo crescimento da Indústria (0,9%), seguida pelos Serviços (0,6%). Já a Agropecuária recuou 0,9%.
Em relação aos Serviços, os resultados positivos foram de: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), Outras atividades de serviços (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,9%), Informação e comunicação (0,7%), Atividades imobiliárias (0,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e Comércio (0,1%).
“O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade, por exemplo”, diz a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.
Pela ótica da demanda, o consumo das famílias avançou 0,9% no segundo trimestre. O consumo do governo cresceu 0,7%. Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), avançaram 0,1%. A taxa de investimento foi de 17,2% do PIB, inferior à do mesmo período de 2022 (18,3%).
Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, elaborada a partir de consultas com dezenas de economistas e especialista de instituições financeiras, o PIB deve crescer cerca de 2,3% neste ano de 2023. O resultado projetado pelo mercado ficaria ligeiramente abaixo dos 2,9% registrados no ano passado e bem acima dos cerca de 1% projetados para 2023 no começo deste ano.
Fonte: Bahia Notícias