Após dois meses da implementação das novas regras estabelecidas pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), o Porto da Barra, praia conhecida e bastante frequentada por baianos e turistas, passou por mudanças quanto ao uso da faixa de areia. A medida foi tomada após uma série de reclamações de banhistas sobre o excesso de cadeiras e sombreiros dos ambulantes.
Antes da mudança, a praia era frequentemente dominada por cadeiras e sombreiros, ocupando quase totalmente a faixa de areia, sem a presença de clientes que efetivamente utilizassem o serviço. Por ser bastante frequentada, banhistas denunciaram o caso e alegavam não conseguir aproveitar o espaço de forma tranquila.
A Semop, em resposta as reclamações, limitou o uso de kits para cada barraqueiro e estabeleceu que cadeiras e sombreiros só podiam ser colocados na areia quando houver demanda. Essa nova regra tem o intuito de garantir que a faixa de areia seja utilizada de maneira mais organizada, sem o excesso de equipamentos.
Para alguns barraqueiros, a nova regulamentação não foi bem-vinda. A maioria alega que a limitação afeta diretamente na renda. “A fiscalização tem sido intensa, com equipes que monitoram constantemente a área para garantir que as normas sejam cumpridas, eles estão de olho”, afirma Ilma Dinda, barraqueira do local.
“Todos nós fomos afetados, mas estamos aprendendo a se adequar. Para o que trabalhava e ganhava, o rendimento caiu muito, foi um baque, mas estamos sobrevivendo. Estamos tomando cuidado para não ser multados devido a fiscalização. E como precisamos trabalhar, precisamos seguir as normas”, completa Ilma.
Por outro lado, os banhistas aprovam as novas regras como uma melhoria significativa. Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia muitos destacaram que a praia está mais limpa e praticável, com todos aproveitando melhor o espaço sem o desconforto de estar em meio a uma grande quantidade de cadeiras. “Acredito que essa mudança foi importante pra mudar a experiência de nós como banhistas. Devemos ter o direito de escolher se queremos as barracas ou não. Sá com a fiscalização pra permitir que esse direito seja respeitado”, afirma Ricardo Rocha, estudante que frequenta o Porto da Barra
“Atualmente, como banhista, podemos escolher de fato se queremos usar os serviços das barracas ou não. Apesar do espaço ainda não ser muito grande, agora posso ir pra praia com meu guarda sol e minha canga e vivenciar o Porto da Barra, como era feito antigamente,” completa Ricardo.